quarta-feira, 21 de março de 2012

RACISMO.

21 de março de 2012.
Hoje é o Dia Internacional de Luta Contra o Racismo.
Racismo é uma tendência de pensamentos, é o julgar que uma determinada raça é superior a outra.
Teoria esta difundida no século 19 por alguns cientistas e intelectuais, mais tarde adotada por Adolf Hittler causando a morte de milhares de Judeus durante a segunda guerra mundial. Atualmente ainda existem pessoas que acreditam e adotam esta teoria, são os chamados Novos Nazistas. O racista é tão ignorante que confunde Etnia com Raça, não entendem que existe somente uma única raça, a Raça Humana, e que tudo é uma questão de mais ou menos concentração de melanina na pele. Ele define uma "raça" pela sua ascendência, características físicas tipo, cor da pele, aspecto do cabelo e imediatamente a compara a algo nocivo e nojento que deve ser banido da face da terra. Tem  um sentimento negativo perante a vida que o torna intolerante, agressivo e muitas vezes até assassino. Existem muitos disfarçados de boas pessoas que convivem muitas vezes entre nós, mas não é difícil de percebê-los, basta ficar atento e observar, pois eles não conseguem se conter por muito tempo e na primeira oportunidade o sentimento pobre é mais forte e ele acaba se entregando, proferindo palavras ofensivas, piadinhas e atitudes repudiosas e preconceituosas.
O racista cultiva um ódio gratuito que nem ele mesmo sabe explicar direito e quando tenta, de sua boca saem definições ilógicas e perigosas.
A etnia negra é a mais perseguida pelos racistas, estamos no ano de 2012 do século XXI e esta praga ainda não foi extirpada do mundo.
Existem as subclasse do racismo, são os preconceitos, estes são mais abertos, seguida se ouve falar sobre eles, e também acontecem vez por outra na nossa vida, são preconceitos contra as pessoas portadoras da Síndrome de Down, pessoas gordas, pessoas pobres, pessoas muito magras, pessoas homosexuais, pessoas tatuadas, pessoas deficientes e muito mais..., O racismo e o preconceituoso sempre encontra um motivo para ser o que é. Abaixo a todo tipo de  racismo e preconceitos.

          Suzi Xavier.

domingo, 11 de março de 2012

CHEIA DE GRAÇA É A NOSSA RAÇA COR DE CAFÉ.....


Retrato de Mulher Negra( Marie Guilhelmine Benoist)


O BEM.


O Bem, ilumina o sorriso
Também pode dar proteção
O Bem é o verdadeiro amigo
É quem dá o abrigo
É quem estende a mão

No mundo de armadilhas e pecados
Armado, tão carente de amor
Às vezes é bem mais valorizado
Amado, endeusado  quem é traidor


E o Bem é pra acabar com o desamor
Se a luz do sol não para de brilhar
Se ainda existe noite e luar
O mal não pode superar


Quem tem fé pra rezar diz amém
E ver que todo mundo é capaz
De ter um mundo só de amor e paz
Quando faz só o bem.


Arlindo Cruz

(foto: Blog Fazer o Bem)

sábado, 10 de março de 2012

CHEIA DE GRAÇA É A NOSSA RAÇA COR DE CAFÉ.....

                                                  
                                                          Das crianças vergônteas dos escravos 
Desamparadas, sobre o caos, à toa
E a cujo pranto, de mil peitos bravos,
A harpa das emoções palpita e soa.
(Crianças Negras
Cruz e Sousa)

quinta-feira, 8 de março de 2012

PORQUE DIA INTERNACIONAL DA MULHER.


O Dia 8 de março foi consagrado pela ONU em 1945, como dia Internacional da Mulher.
Trata-se de uma homenagem às operarias Têxtis norte-americanas que em 1857 organizaram a primeira greve da história, conduzida unicamente por mulheres.
Sua principal reinvidicação: a redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas.
E partiram para a luta, tendo sido duramente reprimidas pela cavalaria da polícia.
Para se proteger, muitas delas fugiram para dentro da fábrica. Os portões foram trancados por fora e a policia ateou fogo no prédia por determinação dos patrões causando a morte de 129 mulheres,
carbonizadas ou por asfixia.
Clara Zetkin, uma ativista do movimento feminista alemão propôs, na Primeira Conferencia Internacional de Mulheres, realizada em Copenhagen, que o dia 8 de março fosse consagrado como o
Dia Internacional da Mulher.
Em todo o mundo, as mulheres são lembradas, neste dia, de forma especial, porém a maior parte das comemorações não interferem, de fato, na dura realidade dessas mulheres.
Vejamos alguns exemplos aqui no Brasil
As mulheres constituem, hoje, 30% dos chefes de familia,
mas ganham, em média apenas 65% do valor dos salários dos homens.
A situação das mulheres negras é ainda mais grave, pois chegam a receber salários
que representam a metade do valor recbido pelas mulheres brancas.
Além dessas condições a que estão submetidas, muitas mulheres enfrentam a dupla jornada de trabalho, porquanto assumem, além do emprego fora de casa,
a responsábilidade integral pelas tarefas domésticas e o cuidado aos filhos.
Ocorrem 4 milhões de abortos por ano, dos quais 10% das mulheres que o fazem,
morrem em consequencia das precarias condições nas quais os mesmos são realizados.
A cada 4 minutos uma mulher é vitima de algum tipo de agressão em distintas classes sociais.

São fatos como esses que fazem desse dia um dia de luta, para que a diferença biológica que destingue um homem de uma mulher não seja justificativa para a intolerância, a opressão, a desigualdade de direitos e diferentes formas de violência a que as mulheres são submetidas.



Suzi Xavier.


Pesquisa: foto: Blog Maçãs Podres.
Texto pesquisado na internet:   Histórias Marcantes. 

sábado, 3 de março de 2012

BAJULADORES.





    Ultimante tenho me deparado com situações que muito me chamam a atenção, e o  fato que mais me chamou atenção neste final de semana  foi a pessoa bajuladora, mais conhecida como Puxa-saco. Coisa feia, este tipo de pessoa não sabe a hora de parar de adular, de falar  elogios e qualidades que ele sabe que não existem, o puxa-saco é uma pessoa muito perigosa, ele elogia e fala maravilhas da pessoa na presença dela, e logo que ela vira as costas, fala mal.  Geralmente o puxa-saco é calmo, fala manso, é brincalhão, é simpático e desconfiado, porém fica furioso ao sentir-se ameaçado em perder  seu posto, aí ele se revela  É capaz de inventar  intrigas e envolver pessoas inocentes para alcançar seu objetivo. 
   Vejo que este tipo de pessoa muitas vezes se dá bem nos seus intentos, principalmente quando  se depara com pessoas que gostam de ser bajuladas, aí sim se esmera, chega a dar uma entonação  poética às palavras, detona um sentimento de admiração e emoção que só ele sabe fazer devido a prática em  bajular, e o bajulado sabe muito bem que não existe  verdades naquelas palavras, mas  agradece, fica lisonjeado e  muitas vezes até finge uma emoção. Se ambos estão em público, aí sim, completa o espetáculo, o esforço é tão grande  que enquanto não arrancam  aplausos  não param o espetáculo.
     É triste e lamentável, ver  e ouvir uma coisa assim,é repugnante,  isso torna a pessoa  descarada,a vergonha passa longe. Fazem qualquer coisa para receber um beneficio, seja ele na política, na vida social ou no seu cotidiano. Este tipo de pessoa perdeu o amor próprio,seus valores são invertidos, não se importa em ser chamado de puxa-saco, bajulador ou qualquer outra coisa do gênero.

"Um bom meio de reconhecer um bajulador: conta-lhe que és autor de alguma ação ignóbil, fingindo orgulhar-te dela como de uma façanha. Se ele te felicita, é um bajulador. Um homem sincero pelo menos se absteria de um comentário." (cardeal Giulio Mazzarino)
Suzi Xavier.

CHEIA DE GRAÇA É A NOSSA RAÇA COR DE CAFÉ.....

MULHER INTERESSANTE.

‎"A mulher interessante não é propriamente bonita, mas tem personalidade, tem postura, tem um enigma no fundo dos olhos e uma malícia que inquieta a todos quando sorri.
As pessoas se questionam. O que é que essa mulher tem?!
Ela tem algo. Pronome indefinido: algo.
Ficar bonitinha, muitas conseguem, mas ter algo é para poucas."
(Martha Medeiros)

sexta-feira, 2 de março de 2012

PUTZ....

    Ás vezes  precisamos ser literalmente reacionários e não nos deixar levar por  demagogias baratas que ultrapassam todas as barreiras do caráter e da potencialização do ser humano. Aparece cada  "ser" no meu caminho que mesmo eu me considerando uma pessoa "tarimbanda", ainda me surpreende. prefiro mil vezes me deparar com pessoas que vivem de utopias do que demagogos, até porque a utopia nos permite sonhar e a demagogia é a mais pura cara de pau e falta de caráter.


 Suzi Xavier.

ME CHAMEM DE VELHA.

   Texto maneiríssimo de autoria de Eliane Brum, onde derruba de uma vez por todas  as hipocrisias e medos  do tempo e da idade. Adorei e postei.
   "Na semana passada, sugeri a uma pessoa próxima que trocasse a palavra “idosas” por “velhas” em um texto. E fui informada de que era impossível, porque as pessoas sobre as quais ela escrevia se recusavam a ser chamadas de “velhas”: só aceitavam ser “idosas”.  Pensei: “roubaram a velhice”.       As palavras escolhidas – e mais ainda as que escapam – dizem muito, como Freud já nos alertou há mais de um século. Se testemunhamos uma epidemia de cirurgias plásticas na tentativa da juventude para sempre (até a morte), é óbvio esperar que a língua seja atingida pela mesma ânsia. Acho que “idoso” é uma palavra “fotoshopada” – ou talvez um lifting completo na palavra “velho”. E saio aqui em defesa do “velho” – a palavra e o ser/estar de um tempo que, se tivermos sorte, chegará para todos.
   Desde que a juventude virou não mais uma fase da vida, mas uma vida inteira, temos convivido com essas tentativas de tungar a velhice também no idioma. Vale tudo. Asilo virou casa de repouso, como se isso mudasse o significado do que é estar apartado do mundo. Velhice virou terceira idade e, a pior de todas, “melhor idade”. Tenho anunciado a amigos e familiares que, se alguém me disser, em um futuro não tão distante, que estou na “melhor idade”, vou romper meu pacto pessoal de não violência. O mesmo vale para o primeiro que ousar falar comigo no diminutivo, como se eu tivesse voltado a ser criança. Insuportável.
    A velhice é o que é. É o que é para cada um, mas é o que é para todos, também. Ser velho é estar perto da morte. E essa é uma experiência dura, duríssima até, mas também profunda. Negá-la é não só inútil como uma escolha que nos rouba alguma coisa de vital. Semanas atrás, em um programa de TV, o entrevistador me perguntou sobre a morte. E eu disse que queria viver a minha morte. Ele talvez não tenha entendido, porque afirmou: “Você não quer morrer”. E eu insisti na resposta: “Eu quero viver a minha morte”.
   Na adolescência, eu acalentava a sincera esperança de que algum vampiro achasse o meu pescoço interessante o suficiente para me garantir a imortalidade. Mas acabei aceitando que vampiros não existem, embora circulem muitos chupadores de sangue por aí. Isso só para dizer que é claro que, se pudesse escolher, eu não morreria. Mas essa é uma obviedade que não nos leva a lugar algum.  Que ninguém quer morrer, todo mundo sabe. Mas negar o inevitável serve apenas para engordar o nosso medo sem que aprendamos nada que valha a pena.
   Há uma bela expressão que precisamos resgatar, cujo autor não consegui localizar: “A morte não é o contrário da vida. A morte é o contrário do nascimento. A vida não tem contrários”. A vida, portanto, inclui a morte. Por que falo da morte aqui nesse texto? Porque a mesma lógica que nos roubou a morte sequestrou a velhice. A velhice nos lembra da proximidade do fim, portanto acharam por bem eliminá-la. Numa sociedade em que a juventude é não uma fase da vida, mas um valor, envelhecer é perder valor.  Os eufemismos são a expressão dessa desvalorização na linguagem.A morte tem sido roubada de nós. E tenho tomado providências para que a minha não seja apartada de mim. A vida é incontrolável e posso morrer de repente. Mas há uma chance razoável de que eu morra numa cama e, nesse caso, tudo o que eu espero da medicina é que amenize a minha dor. Cada um sabe do tamanho de sua tragédia, então esse é apenas o meu querer, sem a pretensão de que a minha escolha seja melhor que a dos outros. Mas eu gostaria de estar consciente, sem dor e sem tubos, porque o morrer será minha última experiência vivida. Acharia frustrante perder esse derradeiro conhecimento sobre a existência humana. Minha última chance de ser curiosa.
    Não, eu não sou velho. Sou idoso. Não, eu não moro num asilo. Mas numa casa de repouso. Não, eu não estou na velhice. Faço parte da melhor idade. Tenho muito medo dos eufemismos, porque eles soam bem intencionados. São os bonitinhos mas ordinários da língua.  O que fazem é arrancar o conteúdo das letras que expressam a nossa vida. Justo quando as pessoas têm mais experiências e mais o que dizer, a sociedade tenta confiná-las e esvaziá-las também no idioma. Chamar de idoso aquele que viveu mais é arrancar seus dentes na linguagem. Velho é uma palavra com caninos afiados – idoso é uma palavra banguela. Velho é letra forte. Idoso é fisicamente débil, palavra que diz de um corpo, não de um espírito. Idoso fala de uma condição efêmera, velho reivindica memória acumulada. Idoso pode ser apenas “ido”, aquele que já foi. Velho é – e está.  Alguém vê um Boris Schnaiderman, uma Fernanda Montenegro e até um Fernando Henrique Cardoso como idosos? Ou um Clint Eastwood? Não. Eles são velhos. Idoso e palavras afins representam a domesticação da velhice pela língua, a domesticação que já se dá no lugar destinado a eles numa sociedade em que, como disse alguém, “nasce-se adolescente e morre-se adolescente”, mesmo que com 90 anos. Idosos são incômodos porque usam fraldas ou precisam de ajuda para andar. Velhos incomodam com suas ideias, mesmo que usem fraldas e precisem de ajuda para andar. Acredita-se que idosos necessitam de recreacionistas. Acredito que velhos desejam as recreacionistas. Idosos morrem de desistência, velhos morrem porque não desistiram de viver.
    Basta evocar a literatura para perceber a diferença. Alguém leria um livro chamado “O idoso e o mar”?  Não. Como idoso o pescador não lutaria com aquele peixe. Imagine então essa obra-prima de Guimarães Rosa, do conto “Fita Verde no Cabelo”, submetida ao termo “idoso”: “Havia uma aldeia em algum lugar, nem maior nem menor, com velhos e velhas que velhavam...”
Velho é uma conquista. Idoso é uma rendição.
    Como em 2012 passei a estar mais perto dos 50 do que dos 40, já começo a ouvir sobre mim mesma um outro tipo de bobagem.  O tal do “espírito jovem”. Envelhecer não é fácil. Longe disso. Ainda estou me acostumando a ser chamada de senhora sem olhar para os lados para descobrir com quem estão falando.  Mas se existe algo bom em envelhecer, como já disse em uma coluna anterior, é o “espírito velho”. Esse é grande. Vem com toda a trajetória e é cumulativo. Sei muito mais do que sabia antes, o que significa que sei muito menos do que achava que sabia aos 20 e aos 30. Sou consciente de que tudo – fama ou fracasso – é efêmero. Me apavoro bem menos. Não embarco em qualquer papinho mole. Me estatelei de cara no chão um número de vezes suficiente para saber que acabo me levantando. Tento conviver bem com as minhas marcas. Conheço cada vez mais os meus limites e tenho me batido para aceitá-los. Continua doendo bastante, mas consigo lidar melhor com as minhas perdas. Troco com mais frequência o drama pelo humor nos comezinhos do cotidiano. Mantenho as memórias que me importam e jogo os entulhos fora. Torço para que as pessoas que amo envelheçam porque elas ficam menos vaidosas e mais divertidas. E espero que tenha tempo para envelhecer muito mais o meu espírito, porque ainda sofro à toa e tenho umas cracas grudadas à minha alma das quais preciso me livrar porque não me pertencem. Espero chegar aos 80 mais interessante, intensa e engraçada do que sou hoje.
   Envelhecer o espírito é engrandecê-lo. Alargá-lo com experiências. Apalpar o tamanho cada vez maior do que não sabemos. Só somos sábios na juventude. Como disse Oscar Wilde, “não sou jovem o suficiente para saber tudo”. Na velhice havemos de ser ignorantes, fascinados pelas dimensões cada vez mais superlativas do que desconhecemos e queremos buscar.  É essa a conquista. Espírito jovem? Nem tentem. Acho que devíamos nos rebelar. E não permitir que nos roubem nem a velhice nem a morte, não deixar que nos reduzam a palavras bobas, à cosmética da linguagem. Nem consentir que calem o que temos a dizer e a viver nessa fase da vida que, se não chegou, ainda chegará. Pode parecer uma besteira, mas eu cometo minha pequena subversão jamais escrevendo a palavra “idoso”, “terceira idade” e afins. Exceto, claro, se for para arrancar seus laços de fita e revelar sua indigência.
Quando chegar a minha hora, por favor, me chamem de velha. Me sentirei honrada com o reconhecimento da minha força. Sei que estou envelhecendo, testemunho essa passagem no meu corpo e, para o futuro, espero contar com um espírito cada vez mais velho para ter a coragem de encerrar minha travessia com a graça de um espanto."
(Eliane Brum.)