sábado, 8 de outubro de 2011

Anemia Falciforme.


As informações sobre a anemia falciforme e suas conseqüências, são praticamente inexistentes. Pelo menos por parte dos órgãos de saúde do governo. A discussão da saúde da população afrodescendente é recente na sociedade brasileira, a única doença que nos atinge, com um fundo basicamente biológico, é a anemia falciforme, as outras, como hipertensão, diabetes do tipo 2 e o G6P, que é uma deficiência sanguínea, prevalecente na população negra, são doenças que tem seu desenvolvimento associado diretamente às condições de vida.

Somos a maioria do povo brasileiro e não temos informações precisas de como é a saúde dessa população, do que ela adoece e de como morre. E isto realmente acontece de forma diferente. Há um outro percurso, uma outra evolução. Por isso, a importância do quesito cor. O problema é que isso sempre foi considerado como uma postura racista, de privilégios. Por isso a luta é árdua e temos que combater a doença da discriminação e do descaso.

Na área da saúde há recém formados que estão saindo sem saber nada sobre anemia falciforme. No meio acadêmico, não existem pessoas que saibam falar, com propriedade, sobre anemia falciforme, do ponto de vista clínico e de todas suas implicações sociais e políticas.Mas acredito que pior do que a anemia falciforme está a discriminação e o preconceito racial, essas duas doenças sociais deixam a população negra doente, principalmente pelos males psíquicos, baixa auto-estima, sentimento de inferioridade, que sofre por pertencer a essa raça, pelas cobranças que enfrenta se quiser vencer, ou então pela marginalização e desqualificação impostas pela sociedade.

A cura está em nossas mãos.



(Fonte: Blog Confissões- Ser Poeta é Confessar-se.)

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